Chile havia negado pedido das embarcações para que parassem na costa do país
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Os presidentes Lula e Joe Biden em 10 de fevereiro na Casa Branca lex Brandon/AFP
A autorização foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira e assinada pelo vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, vice-chefe do Estado-Maior da Armada.
O texto publicado no DOU afirma que o eventual desembarque da tripulação estará sujeito “às normas sanitárias locais vigentes”, conforme as “condições epidemiológicas na ocasião da visita”.
A decisão da Marinha ignora o pedido dos Estados Unidos. Há dez dias, a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, fez um apelo para que o governo brasileiro não permitisse que os dois navios de guerra iranianos atracassem no porto do Rio. Segundo a diplomata, essas embarcações são de um país que financia o comércio de produtos ilegais e o terrorismo.
— Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas. O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar. Até o momento, não há nenhum outro país do hemisfério que tenha autorizado — disse Bagley ao fazer o apelo ao Brasil.
Com intuito de evitar um constrangimento com os EUA antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Washington, no último dia 10, o governo brasileiro adiou a permissão para a atracagem dos navios dias antes do encontro entre Lula e Joe Biden.
Antes disso, porém, em 13 de janeiro, também em publicação no Diário Oficial, o Brasil já havia dado permissão para que os dois navios atracassem no porto do Rio entre 23 e 30 de janeiro. Essa janela foi rejeitada antes da viagem de Lula aos EUA.