‘Ela estava se isolando’, conta pai da criança. De acordo com a polícia, a escola já sabia do crime há 15 dias e não comunicou a família

Os pais descobriram os abusos após lerem mensagens no celular da vítima. A menina assumiu “que estava namorando o professor pela internet”. Foi então que eles chamaram a Polícia Militar (PM).
“A gente mexeu no celular dela e vimos o teor das conversas. A gente viu que não era uma criança que estava conversando com ela”, contou o pai da vítima à reportagem da Itatiaia.
Segundo a polícia, o professor teria criado um perfil com fotos de uma mulher para manter contato com a criança. O pai relatou que a menina mudou o comportamento nas últimas semanas. “Ela estava se isolando”.
À princípio, segundo a polícia, ela não é aluna direta do suspeito e a coordenação e a diretoria da escola teriam tomado conhecimento há cerca de quinze dias e acobertado o professor.
“Quando ela contou, ficamos assustados. Mas ficamos ainda mais assustados ao saber que a escola já sabia e não tomou providência nenhuma”, disse o pai.
A menina disse aos pais que foi orientada pela escola a não relatar os fatos porque o rapaz seria preso e isso ia “manchar o nome da escola.”
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, por meio de nota, que o caso está sendo conduzido no âmbito policial.
“A Secretaria Municipal de Educação está acompanhando a situação junto à família e está à disposição da polícia para os esclarecimentos necessários. É importante ressaltar que o trabalhador já foi afastado das atividades”, disse a pasta.
Professor nega
À reportagem da Itatiaia, ele negou o crime e disse que é inocente. “Acho (que ela entregou o nome do professor aos pais) porque tem uma ‘paixonite’ e não é correspondida”.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que OS envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerâncias.
“Todos prestaram depoimento e por falta de elementos suficientes para prisão em flagrante, o suspeito foi liberado e o celular apreendido para perícia.”
Por se tratar de crime contra dignidade sexual envolvendo criança, a investigação segue em sigilo, “Informações poderão ser repassadas à imprensa após a conclusão do inquérito”, acrescentou.