Pular para o conteúdo principal

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aponta para a a baixa cobertura vacinal; das crianças de 3 a 4 anos, apenas 24% tomou a 1ª dose

Após 1ª morte por subvariante da Covid, especialistas alertam para  nova onda de casos e baixa vacinação 

Em Belo Horizonte, Prefeitura volta a pedir à população para que tome as doses de reforço

Com a confirmação da primeira morte, em São Paulo, pela nova sub variante da Covid-19, aumentam as preocupações com a cepa BQ-1, derivada da Ômicron. A vítima é uma idosa de 72 anos, que apresentava comorbidades, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

A sub variante já foi identificada, também, no Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, a Prefeitura voltou a pedir à população para que tome as doses de reforço.

Isso porque a administração municipal ainda detecta baixa cobertura vacinal, especialmente, para crianças de 3 a 4 anos: desse público, apenas 24% tomou a primeira dose.  Já nas pessoas acima de 40 anos, incluindo, idosos, que já tiveram a vacina liberada para tomar as quatro doses, apenas 37% estão com calendário contra a Covid atualizado.

Paulo Roberto Correia, diretor de promoção à saúde e vigilância epidemiológica da prefeitura,  afirmou que a capital tem vacinas disponíveis para esse público. “Esses são números que nos preocupam muito. Precisamos alertar os pais responsáveis e os adultos também que já foram chamados comparecem aos postos”.

Ao ser questionado sobre a possível perda de doses, ele explicou: “a perda de doses não ocorre nesse sentido.” “Em vacinação, a gente sempre estima uma perda de doses no entorno e 5% que o que tem acontecido, mais ou menos, em Belo Horizonte”, acrescentou

Sem doses para adultos

Adultos de 18 a 40 anos ainda não podem tomar a quarta dose de reforço. “A Secretaria de Saúde segue as recomendações do Ministério da Saúde, e nesse momento ainda não foi recomendado o chamamento desse público”, explicou Roberto.

O infectologista Unaí Tupinambás, que fazia parte do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte e é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),  afirma que o momento é de preocupação.

“Nós temos observado o aumento de casos dessa nova variante – que é muito mais transmissível e pode escapar da Resposta Imune – então, a população mais vulnerável, idosa e/ou com comorbidade deve ter a sua quarta dose atualizada.”

O especialista recomenda que, caso haja vacinas sobrando, a administração municipal libere para o público de 18 a 40 anos. “Se tiver vacina sobrando eu acho que tem que liberar para essa faixa etária  muito por conta dessa nova variante e pelo fato das pessoas terem realmente abandonado o uso de máscara e estão se aglomerando.”

Já para José Geraldo Leite, epidemiologista e pediatra, não há motivo para que aponte para a necessidade de se priorizar o grupo adulto.

“A quarta dose na população menor de 40 anos, acredito não ser a prioridade no momento. A prioridade é cumprir o esquema vacinal dos grupos já priorizados. Também considero não ser adequado o município tomar atitudes diferentes daquelas das recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações”, disse.

“A baixa cobertura vacinal em alguns grupos populacionais de Belo Horizonte preocupa muito porque novas variantes não vão parar de chegar e essas pessoas sem o esquema completo estarão em risco de doença grave”, acrescentou

Deixe uma Resposta