Pacientes passaram mais de 5h na fila por atendimento, e muitos voltaram para casa sem receber atendimento
Denúncia apontou que o Centro de Saúde Santa Terezinha não tinha médico ou teste de Covid-19 nesta terça
Na manhã desta terça-feira (19), o vendedor Kevin Almeida, de 27 anos, foi até o Centro de Saúde Santa Terezinha, na região Noroeste da capital. Ele se queixava de tosse persistente, mas ao chegar na unidade, não pôde ser atendido.
“Me informaram que não tinha vaga pra atendimento, por não ter médico e nem teste de covid, porque estava em falta devido a alta demanda”, explicou. O jovem então foi encaminhado para a UPA Pampulha, distante menos de 1 Km.
“Chegando lá, fiz o cadastro, e somente na triagem me informaram que o atendimento iria demorar porque só havia um médico para atender”, completou. O vendedor disse estar exposto na unidade que dois médicos estão de férias, e outro estava afastado por problemas de saúde. A UPA também não teria oferta de testes de Covid-19.
“Fiquei mais de duas horas e nada. Conversando com outros pacientes, me disseram que teve gente chegando às 10h, e não tinha recebido atendimento às 15h30. Estavam passando todos os casos de pediatria na frente, e nada de nos chamar”, lamentou. Ele contou que os pacientes que chegavam durante a tarde só seriam atendidos no fim da noite ou no começo da madrugada.
Após horas sem resposta, Kevin voltou para casa sem saber o que fazer. Ele contou que vai tentar se cuidar sozinho, com xaropes e antialérgico, e que “não quer depender de atendimento público de novo”.
Em nota, a prefeitura da capital informou que o Centro de Saúde Santa Terezinha está abastecido com testes de Covid-19, e que “durante um período do dia houve uma falta pontual dos exames, mas o estoque foi imediatamente restabelecido”. Disse ainda que a unidade contava com quatro profissionais nesta terça.
Em relação à situação na UPA Pampulha, a PBH afirmou que seis médicos compunham o plantão das 7h às 19h desta terça. Entretanto, “houve um aumento na procura por atendimento na unidade, com priorização dos casos mais graves, o que pode aumentar o tempo de espera para pacientes classificados como verdes, ou seja, não urgentes”.
“A Secretaria Municipal de Saúde tem empreendido todos os esforços para recompor as equipes médicas, de forma a garantir um atendimento mais ágil à população. Cabe ressaltar que o município concedeu um aumento 35% no valor dos plantões médicos extras em todas as unidades da rede SUS-BH. Além disso, segue ativo o banco de currículos para contratação imediata de médicos”, finalizou o executivo.
Por Lucas Sanches
Conectamos pessoas por meio de história, entretenimento e notícias. Em Belo Horizonte e regiões metropolitana.
