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Campeão como jogador, Cuca vai atrás da primeira decisão do torneio como técnico; entre os times do Brasileiro, só Barbieri (Bragantino) e Abel (Palmeiras) estão a mais tempo no cargo

Campeão da Copa do Brasil como jogador, anotando o gol do título da primeira edição, em 1989, Cuca ainda não sabe o que é disputar uma final do torneio como treinador. No comando do Atlético-MG, terá a semifinal diante do Fortaleza, nesta quarta-feira.

O jogo é de ida, no Mineirão, às 21h30. Líder do Brasileiro, Cuca busca a primeira final para sonhar com o inédito título do currículo de técnico. Já venceu a Libertadores, pelo próprio Galo, e ergueu o Brasileirão com o Palmeiras em 2016, mas ainda falta a milionária Copa do Brasil.

– É uma semifinal, são jogos difíceis, é o terceiro colocado do Brasileiro contra o primeiro. É uma semifinal de Copa do Brasil, mata-mata, primeiro em casa e segundo lá em Fortaleza. Já invoco o torcedor, que ele se faça presente, que ele nos ajude, nos incentive, que entenda os defeitos que provavelmente a gente vá ter durante o jogo – comentou Cuca, no último fim de semana.

Técnico Cuca, do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Técnico Cuca, do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Em 2007, Cuca quase foi finalista. Com o Botafogo, foi eliminado em casa para o Figueirense, no agregado de 3 a 3 (gol fora de casa era critério).

 

O treinador é o segundo que mais esteve à frente do Galo na história da competição. Irá para o seu 13º jogo. Foram quatro em 2012, dois em 2013 (eliminações para Goiás e Botafogo) e mais seis em 2021. Só fica atrás da incrível marca de 33 jogos de Levir Culpi, campeão do torneio em 2014.

– Eu já fui campeão com o Grêmio, na primeira Copa do Brasil que teve, me lembro o gol que fiz de esquerda aqui, no travessão do Rafael e entrou. Como treinador nunca ganhei, então para ganhar tem que estar na final, é o primeiro passo. E, para chegar na final, tem que vencer a semifinal. São jogos iguais, chances iguais para nós e o Fortaleza e vamos estar bem preparados para quarta-feira fazer um grande jogo – disse Cuca, relembrando o gol de 1989 (veja abaixo).

Na outra “perna” da semifinal, haverá o duelo Renato Gaúcho e Alberto Valentim, em Flamengo x Athletico-PR. Portaluppi venceu duas vezes a Copa do Brasil, e foi vice em outras duas. Busca a quinta final da carreira.

O recordista de títulos é Felipão (tetracampeão), seguido pelo tri de Mano. No espaço de seis anos, Marcelo Oliveira (sem clube) chegou a disputar cinco finais do torneio, duas pelo Coritiba, uma pelo Cruzeiro, outra pelo Galo (vice em 2016, contra Renato) e campeão pelo Palmeiras, em 2015.

Cuca marca para o Grêmio gol do título da Copa do Brasil de 1989

Longevidade

Com a demissão de Marquinhos Santos no Juventude (já acertado com o América-MG), Cuca se tornou o terceiro técnico entre os que disputam a Série A que está a mais tempo no cargo. Foi anunciado em 5 de março. Só Maurício Barbieri (Bragantino, contratado em setembro de 2020) e Abel Ferreira, atual campeão da Copa do Brasil (anunciado pelo Palmeiras em outubro de 2020) estão na frente.

Além dos três mais longevos, o Brasileiro só tem outros dois treinadores que estão no mesmo time desde a 1ª rodada: Sylvinho (no Corinthians desde 23 de maio0) e Juan Pablo Vojvoda (desde 4 de maio), adversário de Cuca na quarta.

Abel Ferreira e Cuca — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira e Cuca — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Por Fred Ribeiro

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