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Advogado do jogador que responde por acusação de agressão sexual tem até a próxima terça para apresentar recurso, mas o fará já nesta segunda. “La Vanguardia” tem acesso a declarações do lateral

A defesa de Daniel Alves apresentará nesta segunda-feira o recurso pela liberdade provisória do atleta, que está preso desde o dia 20 de janeiro, sem possibilidade de fiança. O jogador responde por uma acusação de agressão sexual que teria ocorrido em uma boate em Barcelona no dia 30 de dezembro.

Segundo o jornal espanhol “La Vanguardia”, o advogado Cristóbal Martell, contratado pelo lateral na última semana, que tem até a próxima terça-feira para apresentar recurso o fará já nesta segunda. O longo texto desenvolvido pela defesa do jogador não entrará no mérito dos fatos, mas dará garantias ao tribunal de que o brasileiro permanecerá em sua casa em Barcelona pelo tempo necessário até o julgamento.

Martell irá propor em seu recurso diversas medidas que podem ser aplicadas ao ex-jogador do Barcelona, desde o uso de uma pulseira eletrônica para garantir que ele não se desloque de uma área específica até a entrega do passaporte ou a obrigação se se apresentar, diariamente se necessário, aos tribunais locais, entre outras propostas.

O recurso, que será apresentado no Tribunal n.º 15 de Barcelona, ​​será entregue ao advogado da vítima e ao Ministério Público, que terão mais cinco dias para apresentar as alegações, tentando justificar porque Daniel Alves tem que permanecer em prisão preventiva.

Daniel Alves em ação com a camisa do Pumas, do México — Foto: Getty Images

Daniel Alves em ação com a camisa do Pumas, do México — Foto: Getty Images

O jogador está desde a última segunda-feira numa cela do módulo 13 do presídio Brians 2, na companhia de um brasileiro chamado Coutinho, que foi segurança de Ronaldinho e foi condenado por estupro de menor.

“Aceitarei o que vier. Nada me assusta”, diz Daniel Alves

O jornal “La Vanguardia”, que teve acesso a fontes internas do presídio onde o jogador está alocado, noticiou que o atleta não tem tratamento favorável ou medidas excepcionais no local. A publicação afirma, também, que o atleta teria dito na prisão.

“Aceitarei o que vier. Saí de casa quando tinha apenas 15 anos. Superei situações muito difíceis e complicadas na minha vida. Isto será mais um que vai passar. Nada me assusta”, disse o lateral-direito a fontes do jornal “La Vanguardia”.

O jornal afirma ainda que o jogador defende que as relações sexuais que aconteceram na boate Sutton, pelas quais é acusado de estupro, foram com o consentimento da jovem.

A acusação contra o jogador

Os principais jornais da Espanha – como “El País” e “El Mundo”, de Madri, e “El Periódico” de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado.

De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante.

 

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Segundo advogada de vítima, Daniel Alves não usou camisinha; Ester García Lopez revela detalhes sobre caso de agressão sexual

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido a agressão.

Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga. Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia.

A associação de casas noturnas da Catalunha (Fecasarm) e da Espanha (Spain Nightlife) entraram com documento na Justiça solicitando poder exercer acusação popular na causa, por entenderem que o caso pode “afetar interesses coletivos”.

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