Falta inseticida para combater mosquito da dengue, zika e chikungunya em Belo Horizonte

O Ministério da Saúde não tem previsão para o envio do inseticida, usado nos carros fumacê em áreas com casos suspeitos de transmissão local. Ainda, segundo a prefeitura, o produto foi usado até a semana passada em locais prioritários com notificação e confirmação de casos.

Outras ações de prevenção e combate ao mosquito, como vistorias nos imóveis, uso de drones para aplicação de biolarvicida e mutirão de limpeza, estão sendo executadas pela prefeitura.

Medidas simples também podem e devem ser tomadas pela população para evitar aumento de casos e proliferação do mosquito. Uma das mais importantes é não deixar água parada em qualquer tipo de ambiente.

Dados em BH

Conforme último balanço atualizado pela prefeitura, até o dia 4 de abril, foram confirmados 1.051 casos de dengue em Belo Horizonte. Há 5.726 casos notificados pendentes de resultados de exames laboratoriais e das avaliações epidemiológicas. Foram investigados e descartados 3.292 casos.

Neste ano, foram confirmados 474 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte, sendo 101 casos autóctones, 102 casos importados e 271 casos de local com origem indefinida. Há 402 casos notificados pendentes de resultados. Em todos os locais com suspeita de casos de chikungunya a Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações de combate ao vetor, como uma estratégia para evitar a propagação da doença.

Os 21 casos de zika foram notificados em Belo Horizonte, sendo que nove foram descartados e 12 seguem pendentes de resultado.

Série histórica

Na série histórica de Belo Horizonte, os anos com maior registro de caso foram 1998 (86.698 casos), 2010 (50.022 casos), 2013 (96.113 casos), 2016 (154.513) e 2019. Na epidemia de 2019, foram notificados 139.067 casos com suspeita de dengue, dos quais 115.456 (83,0%) foram confirmados, sendo 1.184 casos de dengue com sinais de alarme e 51 de dengue grave, predominando o sorotipo DENV2.