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Empresas alegam que não há recursos financeiros para manter o quadro de horários atual.

Passageiros à espera de ônibus em Belo Horizonte — Foto: TV Globo

Passageiros à espera de ônibus em Belo Horizonte — Foto: TV Globo

Os passageiros de todas as 282 linhas de ônibus que circulam em Belo Horizonte serão afetados pela redução da oferta de viagens a partir desta sexta-feira (29). Com a medida, os usuários vão passar a esperar mais pelos veículos e devem enfrentar coletivos ainda mais lotados.

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Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), a mudança na circulação dos coletivos será aplicada nos horários fora de pico – nos dias úteis, das 5h às 8h e das 16h às 19h, o número de viagens será inicialmente mantido.

Usuários do transporte esperam por ônibus na Estação da Pampulha, em BH (imagem de arquivo) — Foto: Elton Lopes/TV Globo

Usuários do transporte esperam por ônibus na Estação da Pampulha, em BH (imagem de arquivo) — Foto: Elton Lopes/TV Globo

A redução das viagens foi anunciada nesta quinta-feira (28) pelo Transfácil, consórcio formado pelas empresas de transporte público da capital.

Segundo o consórcio, a medida é necessária por causa do “total e completo exaurimento das forças financeiras das empresas que formam os quatro consórcios que operam o sistema” e será aplicada para “evitar o colapso total do serviço por falta de recursos financeiros”.

O Transfácil não informou de quanto será a redução e disse apenas que “o número de viagens ofertadas diariamente será proporcional aos recursos financeiros gerados pelo sistema”.

De acordo com as empresas, inicialmente, a circulação de ônibus nos horários de pico dos dias úteis não será afetada. As mudanças serão realizadas nos horários fora de pico dos dias úteis, em todos os horários noturnos e também aos sábados, domingos e feriados.

Entre as razões apontadas para a decisão, estão o “desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão”, o “congelamento das tarifas públicas desde 2018” e os “aumentos extraordinários em todos os custos que afetam a prestação do serviço”.

O consórcio também destacou que a decisão liminar da Justiça que determinou o reajuste da tarifa de ônibus de Belo Horizonte “ainda não foi cumprida” e que os projetos de lei encaminhados pela prefeitura para a Câmara Municipal, com previsão de repasse de recursos às empresas de ônibus, não foram analisados.

Ainda segundo o Transfácil, a decisão de reduzir as viagens considera a queda do número de passageiros em comparação com o período pré-pandemia.

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“Continuamos trabalhando para que a solução do desequilíbrio do sistema possa rapidamente ser resolvido pelas Autoridades competentes e o serviço público possa voltar à sua normalidade”, disse o consórcio.

Por Rafaela Mansur, g1 Minas

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