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Fábio Baccheretti destacou que Portugal é referência para o Brasil, citou aumento de casos no país europeu e disse que Carnaval ‘vai acontecer de qualquer jeito’

Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
Gil Leonardi/Imprensa MG

Em coletiva realizada nesta terça-feira (23), o Secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, disse que o fato de o Carnaval ser realizado em locais abertos é uma vantagem para que o evento possa acontecer em municípios mineiros. Para ele, os jogos de futebol servem de parâmetro para analisar o contágio pela Covid-19, visto que muitos torcedores não usam máscaras e que o cenário nos estádios é de aglomeração.

“Quando a gente fala que o Carnaval vai acontecer de qualquer jeito, não é porque é vontade nossa, é porque ele vai acontecer igual está acontecendo as festas”, disse.  O governador Romeu Zema (NOVO) disse que é favorável a realização do evento, que recebe orientação do Estado, mas é organizado pelos municípios. 

O objetivo é que os eventos atendam protocolos de segurança que serão estabelecidos pelo governo estadual com orientações para evitar a disseminação da doença. Ainda sem definir quais medidas deverão ser adotadas, Baccheretti citou a possibilidade de limitar o número de foliões por quarteirão “para não ter o deslocamento de muitas pessoas para a mesma região”.

Além disso, ele lembrou que alguns países utilizam a “autodeclaração” como critério, ou seja, a pessoa tem que informar se possui sintomas de febre ou gripal, após isso um QR Code é escaneado para comprovar as informações. “São orientações que gente vai buscar entender, quais são relevantes, para um Carnaval mais seguro”, explica.

O secretário ainda comparou a realização do evento com jogos do futebol. “Festas estão acontecendo, jogos de futebol com 60 mil pessoas entre nós sem máscaras, e não estamos vendo aumento de casos. E no Carnaval do ano que vem teremos uma situação de vacinação ainda melhor. A nossa equipe técnica já está debruçada no tema”, afirmou Baccheretti.

Questionado sobre o aumento de casos da doença em países da Europa, Zema definiu como “preocupante” e disse que pode ocorrer aqui “caso haja um descuido”. “Estamos atentos, monitorando diariamente, tudo que acontece no estado, novos casos, óbitos e internações”, comentou.

Por outro lado, o secretário destacou a porcentagem de imunizados em alguns países do continente e explicou que Portugal serve como referência para o Brasil, pois possui taxa de vacinação de 80%, mas casos da doença no país têm aumentado. “Temos que ter a humildade de aprender com quem está vivendo antes da gente”, concluiu o secretário.

Zema também citou a “pressão” pelo fim do uso de máscaras. “Ser precavido é sempre bom. Alguns países que haviam abolido estão voltando a recomendar o uso de máscara”, finalizou sobre o assunto.

Por Patrícia Marques,

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