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Único tetracampeão mundial, ‘Formiguinha’ e ‘Velho Lobo’ marcam o esporte

A história do futebol brasileiro passa, sem dúvidas, por Mário Jorge Lobo Zagallo, que completa, nesta segunda-feira, 90 anos. Da construção do Maracanã ao Santo Antônio abençoando as conquistas à beira do campo, são, pelo menos, 60 décadas dedicadas ao esporte.

Ainda menino, morador da Tijuca e jogador das categorias de base do América, jogou no terreno onde seria construído o então maior estádio do mundo para a Copa da 1950. Já com o Maracanã de pé, viu das arquibancadas, onde fazia a segurança como militar da Polícia do Exército, a traumática vitória do Uruguai sobre o Brasil na final. Era uma daquelas 200 mil pessoas testemunhas do Maracanazzo.

Não demorou muito para o estádio fazer parte constante da sua vida. Assim como a seleção brasileira. A “Formiguinha”, como era conhecido, teve participação ativa  no meio-campo de Flamengo e Botafogo e da seleção bicampeã do mundo em 1958 e 1962. Já o “Velho Lobo”, comandou títulos inesquecíveis tanto dos clubes quanto do Brasil.

A passagem pelo Flamengo, como jogador, não foi tão emblemática. Mas lá estava ele no tricampeonato carioca dos anos 1950. A memória do rubro-negro, no entanto, está viva na final do Carioca de 2001. Enquanto Petkovic fazia o gol de falta que dava mais um tri estadual, Zagallo se agarrava à beira do campo com a imagem de Santo Antônio, de quem é devoto e de onde vem a superstição com o número 13: o dia do santo é 13 de junho.

Já no Alvinegro, fez parte do momento mais glorioso do clube, ao lado de Didi, Garrincha e Nilton Santos. Bicampeão carioca dentro de campo, em 1961 e 1962, e comandante do primeiro título brasileiro do Botafogo, na então chamada Taça Brasil, em 1968. Zagallo também teve passagens por Fluminense e Vasco.

Mas seu nome correu o mundo com a “Amarelinha”. Oito anos depois de testemunhar a derrota do Brasil no Maracanã, lá estava ele na Suécia ao lado de Pelé, e dos companheiros Garrincha, Didi e Nilton Santos, comandados por Vicente Feola. Repetiu o feito no Chile.

Zagallo se retirou dos gramados e continuou fazendo história à beira do campo. Comandou a seleção em 1970, no tricampeonato mundial, e, 24 anos depois, como coordenador técnico auxiliou Carlos Alberto Parreira na campanha do tetra.

Viveu o drama da derrota para a França, na final, após ser criticado por não levar Romário ao Mundial, e se despediu da seleção em 2006, novamente, pelas mãos dos franceses.

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