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Zema diz que estado não tem condições de pagar o reajuste salarial superior a 10,06%

Gil Leonardi / Imprensa MG
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (4/4) que o estado não tem condições de pagar o reajuste superior a 10,06% ao funcionalismo público.

“Eu gostaria muito de dar reajuste para todo o funcionalismo público de Minas Gerais de 30% ou até mais. Se a Assembleia Legislativa nos mostrar de onde nós iremos retirar os recursos para poder pagar além dos 10% que nós propomos, eu sancionarei, sim. Caso ela não mostre, eu não tenho condições de sancionar, porque não serei irresponsável”, disse o governador.

Na última quarta-feira (30/3), os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovaram em 2º turno, na Reunião Ordinária de Plenário, o Projeto de Lei (PL) 3.568/22, do governador Romeu Zema, que originalmente concede revisão salarial de 10,06% para todos os servidores públicos civis e militares do Poder Executivo. A proposta segue agora para sanção do próprio governador.

O novo texto incorporou sugestões de parlamentares para a aplicação de índices adicionais de recomposição para servidores da segurança pública, da educação e da saúde. Para as forças de segurança pública, o percentual adicional de 14% será somado aos 10,06% propostos originalmente.

“Se alguém acha que temos aqui um pote de ouro, na verdade temos aqui um vagão de dívidas ou até um trem inteiro, R$ 140 bilhões de dívida com a União, dos quais R$ 40 bilhões vencidos que teremos que pagar em breve”, afirmou.

A decisão precisa ser tomara até esta terça-feira (5) em razão do prazo permitido pela legislação eleitoral. Em caso de veto, deputados já sinalizaram que pretendem derrubar a decisão de governador. Diante do impasse, a questão pode ainda ser judicializada.

Os servidores estaduais da educação seguem em greve até, pelo menos, o próximo dia 6, data em que está prevista uma nova assembleia da categoria.

Por Larissa Ricci

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